Até 2010, a única maneira de disponibilizar música no formato digital era via compartilhamento direto de arquivos, em plataformas piratas ou em sites de downloads legais. De lá para cá, a partir do Itunes, vieram à tona centenas de outras lojas digitais, a exemplo das mais populares aqui: Spotify, Deezer, Google Play, etc, as quais intitulamos Streaming*.
Segundo Emanuel Zunz, mestre em Economia, Finanças e Mercados Emergentes e fundador da OneRPM, o Brasil é um dos países com importância relevante neste mercado e soma mais de 70 mil artistas publicando obras. A nível mundial, as estatísticas financeiras demonstram US$ 532 milhões movimentados no mundo todo somente em 2011, segundo estimativas da consultoria Gartner. Neste mesmo período as operadoras de telefonia apontaram que 70% dos clientes usavam o celular para ouvir música - Imagina hoje rsrs!
Atualmente o mercado totaliza + de 130 milhões de usuários/consumidores pagando por serviços de streaming, a nível mundial. Estes são os principais motivos pelos quais os profissionais desta área aspiram um tempo positivo e motivador para o cenário musical independente. Em paralelo a tudo isso, estão as negociações, processos e contratos que visam defender os direitos de propriedade intelectual; estas pautas estão sendo discutidas por compositores, representados por suas associações, ECAD, diversos selos e lojas online da indústria fonográfica e musical. Protagonizam assuntos sobre o cuidado e a proteção do direito autoral e de melhores condições financeiras para a figura principal desta cena, que nós conhecemos muito bem, os/as compositores/as músicos em geral.
Foto: Paula Gadea Nunes
Equipe Técnica da Noite Regional - VOL.2 Theatro Treze de Maio, junho 2018
Mas e as mídias tradicionais? O bom e velho Vinil, o K7, os sinais AM/FM e o CD? Por mais que não queiramos admitir, a baixa destas mídias tem se mostrado cada vez mais expressiva em comparação ao efervescente cenário digital.
Resumo: é impossível não admitirmos o bom momento que temos vivenciado, frente ao mais democrático e moderno modo de consumo de música no mundo. Mas isso só é possível se estivermos unidos enquanto categoria "geradora de conteúdo" e contando com o respeito e força de quem consome! :)
As comédias românticas ganharam um novo espaço?
Para o consumidor é simples, tudo ficou mais à mão e até mais barato, bastam uns clicks ou um "arrastar de tela" e pronto. a propósito, abaixo deixo links de alguns artistas e bandas radicados(as) em Santa Maria que recentemente lançaram seus trabalhos para o mundo!
Saiba mais sobre arrecadação e representação de direito autoral. O que motivou esta coluna!
*Permite que um usuário reproduza conteúdos protegidos por direitos de autor, na Internet, sem a violação desses direitos, similar ao rádio ou televisão aberta diferentemente do que ocorreria no caso do download do conteúdo, onde há o armazenamento da mídia no HD configurando-se uma cópia ilegal. A informação pode ser transmitida em diversas plataformas, como na forma Multicast IP ou Broadcast. Exemplos de serviços como esse são a Netflix e Hulu (vídeo) e o Spotify e o Google Play Música (música).